quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Presidente da República - Mensagem de Ano Novo

Luanda - Quarta-feira, 28 de Dezembro de 2011

Íntegra do discurso presidencial de fim de ano.

MENSAGEM DE ANO NOVO DE SUA EXCELÊNCIA JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE ANGOLA

Luanda, 28 de Dezembro de 2011

CAROS COMPATRIOTAS,

Mais um ano chega ao fim e, de acordo com a tradição, este constitui um momento para partilhar com todos vós algumas reflexões sobre os problemas mais urgentes que ainda nos afligem e para deixar também aqui uma mensagem de esperança e de confiança.

Nós acreditamos num futuro melhor e na capacidade do nosso povo de vencer todas as dificuldades, mesmo os problemas mais complexos e difíceis. A nossa história assim nos ensina.

Por mérito próprio conseguimos alcançar tudo aquilo que queríamos. Com determinação, coragem, firmeza e grande vontade de vencer conquistamos a Independência, e mais tarde a Paz, construímos o nosso Estado e estamos a desenvolver o País em democracia.

Todos os Angolanos contribuíram para que chegássemos onde estamos. É legítimo, no entanto, que queiramos mais. Não podemos baixar os braços, porque ainda não realizamos o nosso sonho de construir uma Angola para todos onde cada família se sinta realizada, possuindo o necessário para ter uma vida condigna.

Permanecem por realizar alguns dos nossos objectivos essenciais, tais como erradicar a fome, a pobreza e o analfabetismo; as injustiças sociais, a intolerância, os preconceitos de natureza racial, regional e tribal, etc.

Apesar dos resultados positivos que atingimos, ainda há e haverá sempre, como é natural, por causa da evolução e do crescimento, aspectos e problemas a requererem mais atenção e resolução prioritária nos domínios da educação, saúde, habitação, emprego e do fornecimento de água e energia.

O Estado, a Sociedade Civil e o sector privado devem continuar a conjugar e a aumentar os seus esforços com o objectivo de:

- Corrigir o que está mal;
- Melhorar o que está bem;
- Criar coisas novas onde for necessário para aumentar a nossa capacidade de resposta e satisfazer as
  necessidades da sociedade.

O caminho do desenvolvimento e do progresso faz-se com o trabalho de cada cidadão e exige de cada empresa pública ou privada e de cada instituição pública, uma disciplina determinada, uma orientação clara e condução responsável.

Requer ainda a unidade da Nação, a coesão social, estabilidade política e respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, bem como o respeito pelas instituições democráticas.

Por essa razão, temos de continuar a criar condições para que nenhum cidadão nacional se sinta excluído do processo de crescimento do País ou discriminado por factores de ordem subjectiva.

A concretização desta intenção de inclusão social passa pela adopção de políticas públicas que acelerem a absorção dos agentes económicos do sector informal pela economia formal e pela desconcentração da actividade administrativa, económica, produtiva, social e cultural da capital do País e das sedes de Província para os Municípios, Comunas, Aldeias e Povoações por forma a canalizarmos para aí mais recursos técnicos, financeiros materiais e humanos, através da administração pública e das empresas e combater as assimetrias regionais.

Assim criaremos, paulatinamente, condições e oportunidades para que todos beneficiem do clima de paz e dos frutos da Reconstrução Nacional e do desenvolvimento do País.

Esta tendência vai ser acentuada a partir de 2012, por força de uma melhor coordenação da implementação da Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas, do Programa Nacional de Reabilitação das Vias Secundárias e Terciárias, do Programa Água para Todos, do Programa da Municipalização dos Cuidados de Saúde, do Programa do Desenvolvimento e Comércio Rural e do Programa de Habitação Social.

A referida Lei deve ser aplicada de modo criativo para que beneficiem também pequenos empreendedores tais como, as mulheres que se dedicam ao comércio ambulante, os criadores de cultura como os músicos, as produtoras, as associações de dança e de teatro, produtores de artesanato, artistas plásticos, etc.

Reconheço como natural a expectativa e a vontade de ver resolvidos rapidamente todos os problemas. Mas, temos contra nós o tempo.

Tudo requer tempo para ser feito!

Em 2012 vão cumprir-se apenas dez anos de paz e o caminho percorrido, desde então, permite-nos concluir que se fez tudo o que esteve ao nosso alcance para chegarmos onde estamos.

O que a Nação fez é positivo e dá-nos a esperança de que podemos fazer melhor agora e atingir as metas que estamos a preconizar a médio prazo e garantir uma vida melhor para todos.

CAROS COMPATRIOTAS

O mundo está em constante transformação e é compreensível o desejo de todos aspirarmos a uma mudança para melhor nas nossas vidas.

Esse é um sentimento normal no ser humano e que o faz avançar sem parar para conquistar cada vez mais progresso e bem-estar.

A nossa história recente ensinou-nos, no entanto, que o processo de mudança pode ser brusco e radical ou evolutivo e suave, por fases.

Os processos radicais provocam rupturas e grande desorientação inicial com consequências sociais graves.

As mudanças que decorrem através de processos democráticos e pela via do diálogo, da compreensão mútua, da convivência pacífica e do estrito cumprimento da legalidade, garantem estabilidade social e política.
No ano que dentro de dias começa, vamos realizar pela terceira vez eleições para a escolha dos nossos Deputados à Assembleia Nacional e do Presidente da República, Titular do Poder Executivo.

Estão a ser criados os mecanismos legais para que essas eleições sejam bem organizadas, transparentes e justas.

Cabe a todos, aos cidadãos eleitores em particular, a grande responsabilidade de fazerem a escolha certa para que seja garantida a continuidade da construção de uma Angola de paz, de democracia e de desenvolvimento.

Alguns Partidos Políticos já anunciaram o candidato à Presidente da República que vão apoiar nas próximas eleições. Outros vão pronunciar-se brevemente, como é natural.

Ainda temos oito meses pela frente o que importa é que cada um, no seio da sua família, encontre nesta Quadra Festiva o amor e a energia necessários para seguirmos em frente, num espírito de unidade e de solidariedade social, defendendo os superiores interesses da Pátria angolana.

Eu desejo a todos

FESTAS FELIZES E

UM PRÓSPERO ANO NOVO!

domingo, 18 de dezembro de 2011

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O corredor do rio Kwanza na região de Malanje, em Cangandala, faz parte de um projecto do Ministério da Cultura que visa a sua candidatura para a lista do património mundial, afirmou terça-feira, 13, o chefe de secção de monumentos e sítios do instituto nacional do património do Estado, Emanuel Cardoso.

O responsável que falava à margem da visita de 72 horas aquela província da titular da pasta do sector, Rosa Silva e Cruz, nas imediações do referido curso de água, recordou que o mesmo ocupou um lugar de destaque durante o processo da colonização portuguesa em Angola.

“Eixo de penetração para o interior de Angola”, com localidades “banzas” que serviram de capitais dos reinos do Ndongo e Matamba.

Os especialistas que trabalharam na região recolheram dados relacionados com a extensão e as zonas que são navegáveis no curso de água.

Emanuel Cardoso garantiu que os primeiros estudos visam a sua classificação ao nível do país, enquanto ao nível da humanidade o Estado angolano terá a missão de desenvolver acções atinentes à sua conservação, uma vez que alguns bens foram categorizados de forma particular e colectiva.

O chefe de secção de monumentos e sítios disse que é grande a quantidade do património edificado e sítios de interesse histórico, arqueológico, paleontológico e cultural.

A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva e a equipa de trabalho que a acompanhou analisaram com o executivo de Boaventura da Silva Cardoso os programas de desenvolvimento cultural da circunscrição e a execução da política do sector, que carece de enquadramento nas acções dos governos provinciais.

A cartografia das tumbas dos antepassados existentes na região é outra preocupação que levou a ministra àquela localidade do país, onde o fenómeno religioso, as figuras históricas, as línguas nacionais, salas de cinema e bibliotecas constituem componentes de capital importância para o desenvolvimento cultural do o programa de visita de Rosa Cruz e Silva foi preenchido igualmente com encontros com os responsáveis da Associação dos Amigos e Naturais de Marimba (ANA MARIMBA), que defendem maior dignidade para o perímetro onde estão sepultados os restos mortais dos reis do Ndongo, com os agentes culturais e representantes de igrejas, além de visitas às obras de construção da biblioteca provincial, Cine Teatro Turismo e os túmulos de Capanda e Pedras Negras do Pungo Andongo, no município de Cacuso.
Fonte: Novo Jornal 204
Isaías Soares
Em Malanje

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Empresa angolana Plus Art Arquitectos ganha prémio internacional

Angop
05-12-2011 21:04
Distinção


Luanda – A Plus Art Arquitectos, empresa de direito angolano, integrada apenas por técnicos angolanos, foi premiada pelo The International Property Awards, numa gala realizada em Burj Al Arab, Dubai (Emiratos Árabes Unidos), soube hoje, segunda-feira, a Angop, em Luanda, de fonte da sociedade.

Face à conjuntura actual angolana, onde o domínio desta actividade pertence a empresas na sua maioria estrangeiras, é de vangloriar o facto de uma empresa angolana ser reconhecida internacionalmente por uma instituição de renome e visibilidade mundial, declara a firma em nota de imprensa.

De acordo com pesquisa e contactos da empresa na Ordem dos Arquitectos Angolanos, é a primeira vez que arquitectos nacionais com projectos de arquitectura realizados em Angola obtêm uma distinção ou prémio internacional.

Na gala citada, acrescenta, mesmo para o continente Africano, juntamente com a Plus Art Arquitectos apenas mais um Atelier africano (das Maurícias) foi galardoado, num evento onde dominaram no continente africano ateliers ingleses e indianos.

“Neste âmbito, este acontecimento parece-nos de extrema relevância e de interesse nacional, na medida em que engrandece o nome do país além fronteiras e enaltece o ego de todos os profissionais angolanos, quer no panorama da arquitectura, quer noutros domínios”, sublinham na nota.

A Plus Art Arquitectos Lda., atelier de Arquitectura e Urbanismo sediado em Luanda, concorreu com dois projectos de arquitectura ao prestigiado concurso internacional denominado "The International Property Awards", que em associação com a Bloomberg Television - está aberto a profissionais do ramo imobiliário, quer residencial e comercial do mundo.

The International Property Awards, todos os anos realiza uma gala internacional, onde após apresentação de candidaturas e triagem das mesmas, um júri internacional selecciona e promove a nomeação dos projectos por categorias.

“É com orgulho angolano, que a Plus Art Arquitectos empresa de direito Angolano, composta apenas por técnicos angolanos, foi premiada pelo The International Property Awards, no dia 17 de Novembro de 2011”, concluiu.

A Liga Africana congratula-se com tão elevada distinção a este grupo de jovens angolanos, pelo sua abnegação e dedicação à arquitectura. A eles as nossas felicitações e votos de muitos sucessos

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Morreu João Fialho da Costa

João Fialho da Costa era membro da Liga Nacional Africana, enfermeiro de profissão, nacionalista angolano e militante do MPLA de primeira hora, foi integrante do histórico "Processo dos 50", lutador consequente pela causa da independência nacional.

Faleceu no dia 6 de Dezembro em Luanda, por doença.

A Angop destaca que desde a segunda metade do século passado, participou activa e fervorosamente no movimento clandestino de combate às amarras da então dominação colonial portuguesa, o que lhe custou várias detenções, em Luanda, o desterro no Tarrafal, em Cabo Verde, entre outras vicissitudes.

Aos 82 anos de idade, João Fialho da Costa deixa um exemplo inapagável de amor à pátria, de trabalho e de muita devoção à causa da paz, da unidade, reconciliação nacional, liberdade e do desenvolvimento do país, o que as gerações presentes e futuras saberão honrar, exalta a fonte.

Neste momento de dor e de luto, a Direcção da LIGA AFRICANA, em nome dos seus corpos directivos e sócios, inclina-se perante a memória de João Fialho da Costa e apresenta à família enlutada, à Associação dos Sobreviventes do Tarrafal e ao MPLA, as suas mais sentidas condolências

A Direcção

Comboio da Canhoca ( 2004 ) 87 min | 35 mm/cor Realização: Orlando Fortunato SINOPSE OFICIAL: Angola, Malange, 1957. Consequência de uma ...