Oscar Oramas Oliva, primeiro Embaixador de Cuba em Angola - Convidado pela Liga Africana, proferiu uma Conferência nas comemorações do 40° aniversário da independência nacional
Diplomacia preponderante na conquista e preservação da independência
06 Novembro de 2015 | 18h59 - Política
Luanda - A diplomacia jogou um papel preponderante na conquista e preservação da independência de Angola com destaque para a levada a cabo junto da Organização das Nações Unidas, Organização da Unidade Africana e nos Países Não-Alinhados.
Esta afirmação foi feita hoje, sexta-feira, em Luanda, pelo primeiro embaixador de Cuba em Angola, Óscar Oramas, na conferência “Angola 40 anos”, numa iniciativa da Liga Africana, com vista a saudar o 40º aniversário da proclamação da independência nacional, que se assinala a 11 de Novembro.
De acordo com o diplomata cubano, a primeira grande ofensiva diplomática para o reconhecimento de Angola como um Estado independente foi junto da Organização da Unidade Africana, onde teve de fazer frente a vários países africanos que não estavam dispostos a reconhecer um país liderado pelo MPLA, visto que tinham compromissos com os outros movimentos de libertação como a FNLA e a Unita.
Na óptica de Óscar Oramas, “um povo sem história é como uma árvore sem raízes”, realçando que Angola teve que enfrentar momentos muito difíceis ao longo da sua trajectória, cujas lutas remontam à chegada dos primeiros portugueses a este território.
Referiu que na luta pela preservação da independência de Angola, mais de trezentos mil cubanos deram o seu contributo neste país quer como militares quer como civis, em vários sectores, com destaque para a educação e saúde.
Para o diplomata, “ não se pode exigir a um país que suplante em poucos anos de independência 500 anos de colonialismo, e Angola tem dado passos significativos no concernente à formação de quadros, reconstrução de infra-estruturas, entre outras “.
Realçou que, passados 13 anos desde que se assinaram os acordos de paz, se avança para a consolidação do Estado angolano, assim como se tem granjeado um grande prestígio tanto no campo político como social.
“Muitas mudanças que se tem registado em África se devem às verificadas em Angola, sendo este país actualmente um ponto de consultas para a execução de políticas que conduzam para o desenvolvimento do continente”, frisou Óscar Oramas, que desempenhou as funções de embaixador de Cuba em Angola de Dezembro de 1975 a 1977, tendo posteriormente desempenhado várias funções no aparelho governamental da ilha caribenha.
Assistiram à conferência membros do executivo angolano, deputados à Assembleia Nacional, membros do corpo diplomático acreditado em Angola, da sociedade civil e angolanos que fizeram os seus estudos em Cuba.
Comentários